segunda-feira, 6 de abril de 2009

A escola que gradua, pós gradua e nos torna doutores, é a escola da vida. A convivência diária com os nossos semelhantes. Se pararmos pra pensar podemos ver que as melhores ou não tão melhores coisas aprendemos pelo exemplo.Um dia uma amiga, abrindo um rápido parêntese, falava-me à respeito de não termos que passar por grandes problemas em nossas vidas, mas em observar e aprender com aqueles que nos ensinam todos os dias, as pessoas que convivemos. Desde cedo somos todos aprendizes e educadores, ou as duas coisas ao mesmo tempo, ensinamos e aprendemos simultaneamente. Pra isso basta que estejamos atentos e que despertemos em nós nossa capacidade de percepção. Quando somos pequenos, aprendemos e ensinamos nossos pais, quando adolescentes aprendemos e ensinamos nossos pais, amigos, professores, amores. Quando adultos, já com uma bagagem bastante recheada de vivências, ensinamos muito aqueles que por destino, por medo dos pais, ou por não terem tido iniciativa de se aventurar não aprenderam as artimanhas da vida, ficaram na inocência, na luz apagada e não foram curtidos pela vida, não aprenderam a se virar, a dar cabeçada, murro em ponta de faca, até aprenderem a andar com suas próprias pernas. Ficaram a deriva, mas como pra tudo a tempo sempre temos nossos mestres, aqueles que nos fazem ver além de nós mesmos, da nossa pureza, da nossa bondade e como um filho tirado da mãe na hora de um nascimento somos arrancados do nosso umbigo e jogados na vida. Aí temos que viver, saber andar, correr de bicicletas sem rodinhas, andar de patins sem joelheiras, subir em árvores sem proteção de tela em baixo, andar no escuro, no breu sem lanterna. É o tempo de amadurecer, de ver as coisas como elas realmente são, sem as cores vivas da TV 32 polegadas, das canções que juravam amor eterno, dos vizinhos amigos que nos viram nascer e crescer, que comiam pão de casa com mate doce em tardes chuvosas ou com rosquinha frita. Esse tempo, passou. Como tudo passa e restam apenas boas lembranças. Só uma coisa me deixa triste, é a inocência que se perde enquanto o tempo corre e nos tornamos maduros, penso que deveríamos ser como as frutas quanto mais maduros mais doces, mais saborosos, mais macios. Não, o amadurecimento não permite isso, temos sim que nos tornarmos verdes, duros, amargos, enrugados no corpo e na alma. Isso tudo pra que tenhamos certeza que estamos cumprindo as etapas, não estamos nos desviando da rota. Mas mesmo assim, sempre observando, aprendendo e ensinando. Viver é bonito até, bom às vezes, deprimente em alguns momentos, gratificante quando ao termos filhos, os mesmos dormem em suas camas com saúde, bem alimentados, certo que são amados e protegidos. Mas isso não dura pra sempre. Eles também vão embora, vão levando não só seu corpo mas toda a ânsia de viver, ser feliz e aprender a se virar a ensinar e aprender. O pior é quando por algum exemplo não tão bom, que colheram enquanto eram crinças, aprenderam que nem sempre podemos ser o que realmente somos. Que o amadurecimento exige posicionamento, rigidez nas atitudes, descaso e revanche em situações tão corriqueiras, que todos passamos e que com muita frieza julgamos, apontamos, condenamos os que caminham juntos conosco porque não temos a capacidade de perdoar de verdade com o coração. E voltamos ao primitivo, abrindo parêntese, hoje conversando com uma amiga ela falava sobre uma estatística da evolução espiritual da terra, apenas um por cento dos cem por cento humanos, estão buscando verdadeiramente sua evolução espiritual. Como falava, a força, o domínio, a posse, a falta de diálogo, as omissões, as dúvidas, incertezas, e tantas outras coisas boas também, afeto, amizades, compreensão, perdão, carinho, paixão, dedicação estão em nós, somos os transmissores e receptores, ensinando e aprendendo nessa imensa escola chamada, dia-a- dia, convivência, troca, VIDA. Beijo!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário